segunda-feira, 9 de março de 2009

Amor de Pai e Mãe




Esta ansiedade que habita em mim!...
É como se eu quisesse viver tudo num único dia.
Desejar sorver a vida num único gole.
Tenho pressa!
Sei, compreendo que a vida é breve
Os livros e a experiência me dizem isto.
Como essa brisa que vem
Do mar e suavemente afaga o meu rosto
E passa de repente
Ou como o rocio que roreja gotículas nos
Arbustos praieiros as quais desfazem-se
em segundos
As coisas vêm e vão e passam e se transmutam.
Não lamentem pela passagem rápida do
Arco-Íris!
Nem pelo despontar momentâneo do
Crepúsculo!
Este é apenas um mensageiro da noite que chega.
E a aurora um instante que precede o amanhã que se anuncia.
Dia e Noite! Noite e Dia!
A sucessão permanente deste planeta terra
em rotação.Ah! como tudo passa!
Como tudo se esvai no desvão do tempo
O próprio tempo passa, qual um cavalo a galope!
Rápido ou lento pela vida de cada um.
Como em semelhança à “metamorfose ambulante”
do roqueiro guru.
Ou ao constante fluir de Heráclito – o grego de Éfeso.
Tudo é assim mesmo – passível de uma metamorfose
Lança-se uma semente na terra, que germina,
faz-se em árvore
que dá frutos e novamente se faz em semente.
Todo ser vivo:vegetal ou animal, cumpre assim
o seu ciclo vital.
Até os seres inorgânicos estão sujeitos a essa lei da Natureza.
Não é assim porque chamamos de rochas metamórficas
as que se originam de outras rochas!?
Não estranhem pela mudança e o movimento
das coisas.
Só os insensatos se negam a aceitar isso.
O que é assim hoje, certamente ontem não o foi.
E, seguramente, amanhã não o será.
Ah!Os amores! Os amores também passam!
Os amores de verão, os amores sazonais.
Mas o amor verdadeiro, desses que fazem tatuagem
n’ alma
da gente, este fica.
Como fica o que se condensa na alma: as relíquias da
infância o saudosismo juvenil ,a poesia dos sonhos,
O amor de pai e mãe!


Salvador, 24/08/2007

João Moreira dos Santos

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